Retração gengival é um problema comum que segundo literatura científica, pode atingir até 50% da população brasileira. No entanto, dados relacionados a exposição de implantes, não estão disponíveis. Está bem elucidado que o fator etiológico das retrações gengivais é a inflamação, seja ela causada por traumas mecânicos ou biofilme microbiano.
Demais fatores como: ausência de tecido queratinizado, presença de bridas, freios, dentes girovertidos e até mesmo trauma oclusal são considerados fatores de risco. Os Fatores de risco independentemente do fator etiológico, não são capazes de causar a retração gengival, mas podem aumentar o risco e a gravidade quando as retrações ocorrem.
De forma similar implantes também possuem chance de migração apical da margem gengival, possuinda ainda mais variáveis relacionadas, como: posivionamento espacial do implante, vestibularização, quantidade de tecido queratinizado, relação com dentes/implantes vizinhos, tipo de conexão protética entre outros.
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Neste estudo 10 pacientes que apresentavam implantes unitários com retração gengival foram selecionados para receber procedimento cirúrgico para recobrimento dos implantes. Ssegundo os autores todos os implantes estavam bem posicionados espacialmente, permitindo a instalação protética.
Em todos os casos foram utilizados enxertos de tecido conjuntivo autógeno.
Os resultados, mostraram recobrimento parcial em todos os casos, demonstrando que diversas variáveis comprometem o resultado. Atualmente, 5 anos após a publicação deste artigo, podemos dizer que existiam muitas limitações, para a realização da pesquisa. No entanto, embora com uma amostra pequena os resultados já mostraram que a espessura gengival pode ser um fator importante no comprometimento dos resultados no recobrimento de implantes, veja imagem abaixo.
Felizmente hoje com o uso de tomografias, enceramento diagnóstico e guias cirúrgicos de maior precisão, praticamente são capazes de eliminar erros de planejamento, permitindo prever situações futuras como a possibilidade de retração gengival nos implantes a serem instalados. Desta maneira é possível realizar procedimentos para prevenir estas complicações, com uso de retalhos diferentes, até mesmo ausência de retalhos e uso de biomateriais.
No período no qual esta pesquisa foi realizada, o conhecimento era menor sobre os riscos e possibilidades d e prevenção desses problemas. Hoje, implantes com conceitos de "plataform shifting", modificação de perfil de emergência, modificação de biotipo gengival, uso de retalhos conservadores entre outras manobras, tornam os tratamentos com implantes mais previsíveis e com maior sucesso.
O interessante deste artigo é que ele já mostra a limitação de resultados quando o implanta já possui a prótese instalada e é o primeiro artigo na literatura a discutir em um modelo clínico controlado e prospectivo os resultados de recobrimento de implantes.
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