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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

É possível evitar o uso de enxerto de tecido conjutivo? Quais biomaterias podem ser utilizados no Brasil?

Este mês foi publicada uma revisão de literatura de autoria minha e de meus amigos Lauro G. Ayub, Umberto D. Ramos e Arthur B. Novaes Jr. Atualmente existe a busca por biomateriais que possam substituir enxerto de tecido conjuntuvo autógeno. Desta maneira esta revisão teve o objetivo de informar aos clínicos e demais colegas pesquisadores sobre os biomaterias disponíveis e que apresentam literatura suficiente para indicar seu uso sem riscos.

Esta é a primeira vez que indico um artigo nacional, mas acredito que será útil. Feliz Natal a todos!

o artigo pode ser baixado na íntegra através do link a seguir (clique aqui)

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Elevação "traumática"de seio maxilar com instalação simultânea de implante cilíndrico


            Muitas vezes é necessária a inserção de implante dentário na região posterior de maxila, onde o tecido ósseo é de qualidade menos favorável. Além disto, o seio maxilar presente na nesta área, frequentemente sofre pneumatização, tornando a quantidade de osso insuficiente para a instalação de implantes. Desta maneira os procedimentos para elevação da membrana do seio maxilar são necessários para permitir a instalação de implantes dentários. Quando a instalação é realizada simultâneamente ao procedimento de elevação da membrana sinusal, a reabilitação pode ser realizada mais rapidamente, já que não será necessário esperar 6 meses para depois instalar os implantes.


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Comparação de 5 anos exerto de tecido conjuntivo vs Matriz dérmica aceluar

Realmente a busca por soluções clínicas que possam diminuir a morbidade e aumentar a velocidade dos procedimentos tem aumentado nos últimos anos. Alguns produtos tem chegado ao Brasil e outros tem sido proibidos. O Alloderm, uma matriz dérmica de origem humana, já foi comercializado no país, mas por ser considerado um tecido humano, logo, não pode ser comercializado devido à legislação nacional. No entanto fora do país ele é muito empregado para cirurgias plásticas periodontais, como um substituto para enxerto de tecido conjuntivo.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Como identificar um sistema de implante através de radiografias?

Muitas vezes encontramos pacientes que receberam reabilitações com implantes a alguns anos atrás ou que vieram de outros países e por algum motivo não possuem documentação e seu histórico clínico. Quando é necessária a manutenção destas próteses, fica difícil comprar componentes substitutos sem saber qual o sistema utilizado.

Mas existe uma solução muito prática para nos ajudar quando esses problemas surgem.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Carga imediata após o uso de osteótomo para compactação óssea.

Como já comentei outras vezes no blog, a busca por procedimentos de implantação que permitam a reabilitação rápida dos pacientes vem aumentando e é vista como prioridade para muitos clínicos. Para isso novas superfícies tem sido pesquisadas e desenvolvidas, além de modificação da macro geometria dos implantes.

Hoje indico outros artigo que propõe um abordagem com carga imediata em implantes instalados após o uso de osteótomo para compactar o osso medular maxilar na área de pré-molares e molares.

Veja o resumo clicando na imagem acima.


Os pesquisadores instalaram 20 implantes após utilizar osteótomos para compactar o tecido ósseo medular. O torque de instalação dos implantes variou acima de 35 N. A taxa de sucessoce foi de 95%, com a perda de apenas um implante em área de canino.

Por ser um estudo de casos em série, poucas análises foram realizadas. Estudos maiores e melhor controlados poderão detalhar melhor a taxa de sucesso, é importante uma amostra maior e com maior tempo de proservação. É importante afirmar que não os osteótomos não foram utilizados para elevação da membrana do seio maxilar. 


segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Qual o biomaterial de escolha para utilização em reparos junto a instalação de implantes?

No fim de Novembro um visitante ao ver algumas postagens contendo o uso de biomateriais como substitutos ósseos particulados perguntou "Qual o biomaterial de escolha para utilização em reparos junto a instalação de implantes? "


Realmente existem muitas opções tanto nacionais quanto importadas. Em geral sempre costumo afirmar em aulas que as indicações devem ser precisas. É importante se conhecer bem as propriedades de cada produto para que seja possível indicar o melhor produto para cada caso especificamente. Isto significa que apenas ler a bula do produto não é suficiente. Devemos sempre consultar a literatura científica e verificar os resultados de estudos clínicos controlados e com o maior tempo possível de proservação.

Isso pode ser difícil para muitos clínicos devido a correria do dia a dia, no entanto, podemos seguir alguns princípios. Quando o interesse é usar algum biomaterial importado, é preciso verificar se ele tem registro na ANVISA, caso a resposta seja negativa, seu uso é contra indicado, pois qualquer problema oriundo de seu uso, o deixará desamparado perante a lei.


Infelizmente os produtos nacionais, a maior parte deles, estão em evolução e ainda não são concorrentes a altura de produtos importados que já apresentam anos de estudos e uso clínico.

Como substituto ósseos, temos hidroxiapatitas, vidros bioativos, fosfato tricálcico e misturas contendo um ou mais destas substâncias. Podem ser sintéticos, de origem suína, bovina ou equína. Uma característica importante é a porosidade do produto e tamanho das partículas, pois elas determinam a quantidade de material que será usado, de acordo com o tamanho do efeito e também a neoformação óssea.
Costumo sempre preferir para o tratamento de defeitos em implantes, produtos com partículas pequenas e com a maior porosidade possível, para permitir maior área de contato para a formação óssea.

No passado era indicado o uso de produtos que pudessem ser absorvidos rapidamente, acreditando que isso permitira a substituição do produto por novo osso. Atualmente já se sabe que a substituição não ocorre perfeitamente assim, ou seja, a velocidade em que o produto é substituído não é a mesma em que o novo osso é formado. 

Assim frequentemente ocorre perda de volume e de altura, prejudicando os resultados. Desta forma o uso de hidroxiapatitas tem ganhado muita força, amparada em pesquisas que mostram que elas demoram mais de 10 anos para serem absorvidas, sendo consideradas por alguns pesquisadores como parcialmente absorvíveis. Assim este biomaterial seria capaz de manter o volume por demorar para ser substituído e permitira que novo osso se formasse entre suas partículas. Por isso é importante que o material seja o mais poroso possível.

É importante salientar que sempre que um substituto ósseo for empregado deve ser empregada alguma membrana seja ela absorvível ou não absorvível. Caso faça opção por alguma absorvível é importante verificar o tempo de absorção da mesma, prefira sempre aquelas que permanecem integras por no mínimo 4 meses para que seja possível ocorrer a regeneração óssea.

Talvez eu não tenha conseguido respoder a pergunta do visitante, uma pena, espero não ter confundido mais ainda. Minha opinião é amparada na literatura que consulto, sei que minha opinião provavelmente será divergente da opinião de muitos colegas, por isso, mantenho o blog aberto para as sugestões e até mesmo para aqueles que quiserem fazer postagens com usas opiniões ou críticas. 

Provavelmente a parte mais importante desta postagem vem só no final, ou seja, não existe um biomaterial que seja absoluto, ou que seja indicado para todas as ocasiões, todos apresentam indicações precisas e características diferentes, além disso, seu uso também depende da opinião, pesquisa e treinamento de cada usuário.
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